quinta-feira, 23 de junho de 2011

Como é seu Amigo Imaginário?

Desenvolvi certa inveja daquelas crianças que conseguiam criar seu amigo imaginário. Ora, não parecia ser difícil pensar num bicho só seu, que conversasse, risse, brincasse e até mesmo soubesse de seus mais íntimos segredos. Até então eu nunca consegui; não era para mim: conversar com as paredes, segurar a mão do vento e olhar para cima sorrindo para o sol. Afinal, ter um amigo imaginário era fazer dessas coisas, não é mesmo?! 
coisas, não é mesmo?!
Nunca me senti menos criança por isso, apenas gostaria de ter a real sensação.
Muito tempo depois, para ser exata, só agora, analisei o sentido psicológico de um amigo imaginário – que seria trazer do inconsciente alguém, ou um objeto, que atendesse às qualificações de um amigo, (não encontrado no real) – partindo desta análise concluí que nunca precisei de um “A.I”. Sempre tive meus amigos com mãos reais e apalpáveis que eu podia contar o nome do garoto que eu estava gostando e que, melhor ainda, não levantava a cabeça me cegando com o sol, pois eram do meu tamanho.
Minha imaginação nunca foi capaz de criar alguém melhor que meus verdadeiros amigos. Verdade é: não estou sempre com eles ao meu lado, ouvindo cada história que me contam e me perdendo no tamanho do sorriso que esses mesmos dão a cada fala abobalhada minha. Os A.I vencem nesse requisito.
Um pouco de pena da minha imaginação mais um pouco de criatividade me deram uma cômica ideia: Pensar nas características mais marcantes dos meus melhores amigos – cuja presença só gostaria de evitar no banheiro – e desenhar um A.I para gravar na minha imaginação, deixando meus amigos juntos e sempre comigo. Criei uma versão de A.I mais real do que as que estive acostumada a ter notícias. Essa versão poderia me conectar nos momentos de ausência deles.
  Criando:
1º Escreva em um papel o nome de todos aqueles que você considerou como melhores amigos, (da pré-escola até agora);
2º Imagine a quantidade de características que você tem para criar seu A.I e imagine também o quanto ele será bem equipado através de suas amizades;
3º Faça uma reflexão e, como eu, lembre que alguns desses amigos você não tem mais contanto, (por terem saído da escola, por terem mudado de cidade ou até mesmo por vocês terem brigado.);
4º Agora seu A.I começa a perder partes importantes, como: olhos, boca e etc.
·       Minha ideia passa a não ter mais sentido.
Assim como nós, essa espécie de A.I tende a crescer e melhor, sofrer mutações de acordo com cada melhor amigo que perdemos ou ganhamos; ou seja, amizades que perdemos e as que conquistamos são responsáveis pela evolução ou involução do nosso A.I.
E atualmente meu A.I seria assim:
Você consegue se ver nele?






3 comentários:

  1. Sabe aquelas coisas que você escreve e na hora acha um máximo (apenas na hora)? Eita que esse texto foi gigante, mas foi de coração e da melhor maneira que eu pude expressar;

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