segunda-feira, 16 de abril de 2012

Minha música sem título



Foi algo que naturalmente aconteceu
Não teve culpado nessa história
você se envolveu tanto quanto eu

Me envolvi
E vejo que não tenho saída
Eu caí
Mesmo jurando que não amaria
Outra pessoa

[refrão]
Eu quero e não posso
Tento e não consigo
Deixar de querer esse amor proibido
Nenhuma palavra
Muito menos um olhar
Nada nesse mundo me impede de te amar
E mesmo que eu tente
Acho que é impossível
Desculpe, eu não posso deixar de querer esse amor proibido

Eu que não queria outra pessoa
E já não sabia amar
Passo as madrugadas em claro
Tendo saudade em pensar

Surgimos um pro outro
Quando menos esperamos
Palavras não foram necessárias
Apenas nos beijamos

Foi algo que naturalmente aconteceu
Não teve culpado nessa história
você se envolveu tanto quanto eu

Me envolvi
E vejo que não tenho saída
Eu caí
Mesmo jurando que não amaria
Outra pessoa

[refrão] 




E essa vai especialmente pra Fabiane Dias e Fabíola Gomes

domingo, 15 de abril de 2012

Ao canto da parede fria


Quem te vê quer teu sorriso. Ninguém sabe, quando ele resolveu ir embora quis levar teu coração junto. Não se sinta culpada, todos nós nos escondemos. Feito um pequeno corte: as pessoas não o percebem, mas você sabe que ele está lá; uma dor que te perturba para que não esqueça que a tem.
Depois de sorrir e provocar risos o dia todo a noite cai e você só quer estar em teu quarto, pensando. - Lugar impenetrável -.  Pessoa estúpida e triste, apenas quer aprender a amar; Criança medrosa que desvia o olhar; Se sente mal por não ser o que queria ser.
Por que essas lágrimas? Limpe teus cortes, cicatrize tuas feridas, seque o sangue que tua alma deixou escapar. Ninguém sabe como você realmente é, nem mesmo você. Fica se perguntando se é uma falsa imagem, perturbando tua cabeça com perguntas que não encontrarão respostas.

sábado, 14 de abril de 2012

Como crianças



Mesmo longe você me mima,
Me sinto menina outra vez.
Até sinto teu abraço me confortar
E teu sorriso leve a clarear meus pensamentos;

É que gosto e não me esqueço do teu beijo.
Tua fala, teu sussurro, tua carência fazem parte do teu jeito único.

É quando quero me transportar,
Sumir e aparecer perto de você;
Te colocar em meu colo e te pôr pra dormir como criança,
Te dar carinho e ser acariciada;
Completar uma lista de pensamentos, vontades e desejos. 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Todo dia com você


 Todo dia, não sei se te levo ou se você me leva nos meus pensamentos.
Me perdi nas confusas explicações sem saber, nem querer, encontrar o caminho de volta.


 Com você vivo meus dias... com você no coração e na cabeça.
Vivo sonhando nossos momentos passados e construindo momentos para o futuro, com você.


 Se me perguntam do presente momento,"Está tudo bem" eu digo, apenas é o que sei.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Ovo e calça jeans


Nos meus sonhos
Minhas mãos estão abertas e fora do bolso da calça jeans clara
Nos meus sonhos
Estar perto de ti não é coisa rara
Nos meus sonhos
Posso tocar tua boca feito clara; clarineta
Nos meus sonhos
 Posso bater teu coração feito clara; clara de ovo, mesmo.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Nós dois




Quase pude ver seus pensamentos e tudo o que você pretendia fazer comigo.
Uma de suas mãos desceu de meus cabelos parando em meu pescoço; a outra, da minha barriga, foi escorregando até meu quadril. 
Você fechou os olhos, abriu-os e sorriu.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Ser misterioso

 É engraçada a maneira como você acha me decifrar. Seus olhos parecem obcervadores e sua boca até pensardizer a mais absoluta verdade sobre mim.
Então, eu me transformo na engraçada, na menina fechada, num ser misterioso que não diz o que quer;


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Cézar Dias


Quando o gosto pela leitura


 " Abriu-o e leu algo assim: "pensa que eu gosto de você?/ Pensa que você me faz falta?/ Oh, meu Deus!/ Ela pensa direitinho". "


                                                                            Livro: Tubarão com a faca nas costas - Crônicas



domingo, 12 de fevereiro de 2012

Índigo


Deslocamento de alma

Uma das melhores coisas que aprendi com Mickey Mouse é que posso ser uma alma dentro de um corpo. Meu primeiro emprego foi como Mickey, quando trabalhei num circo. Vestia o cabeção, a roupa de pelúcia e ia ao encontro das crianças. Elas me amavam. Apontavam e gritavam:
“É o Mickey!”
E puxavam meu rabo.
Mas tinha dias em que eu não era o Mickey. Era apenas eu mesma, lá dentro. Nesses dias eu não incorporava. Felizmente. Ninguém notava. Só fazia diferença para mim. Para eles, continuava sendo o Mickey. Eles apontavam e gritavam:
“É o Mickey!”
E puxavam o rabo da minha fantasia.
Aprendi o truque. Agora, tem dias em que saio na rua com minha alma dentro de meu corpo. As pessoas falam comigo e nem percebem. Consigo fazer tudo que tenho que fazer com meu corpo.  Ando passo no caixa eletrônico, compro verduras. O corpo faz essas coisas sozinho e a alma segue voando um pouquinho acima da cabeça.

                                                                                              Livro: Cobras em compotas - contos

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Vou assumir nossa relação

Não consigo mais deixar todo o caso oculto, chega!
Ponha sua melhor roupa. Passarei depois do trabalho em sua casa;
Baterei em teu portão levando um buquê enfeitado uma caixa de bombom e um sorriso;
Chegarei à tua mãe e pedir-lhe-ei tua mão... E a outra, os pés, a boca e todo o resto.
Embora sejam todos meus, e vice versa.
Falarei de nosso amor para ela e também da nossa necessidade de pertencer ao outro. Espero que ela não se zangue ou me olhe torto quando eu chamá-la de "tia";


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

São coisas que andei pensando

Não sei, só sei que amei. Muito tempo se passou e ainda me faltam palavras para dar senso a tal acontecimento. 
Se deveria explicar-lhe algo, não fui comunicada. Perdão. 


Deve ser coisa do tal do destino; ele gosta de se fazer de torto, se fazer de bobo, se fazer de cínico e de se fazer de certo. Parece mesmo coisa dele. Mas não posso acusá-lo sem certeza de minhas ofensas. 

Também tem a parte dos olhos, da boca e das palavras; é que, sem perceber, eles se misturam. Tem mais coisa, eu não me lembro bem agora;

Não tem muito o que explicar você o vê e acontece. Não há certo, errado, impróprio ou proibido já que são seus os olhos admirados.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Janela iluminada

Passei a ver tudo diferente procurando luz, procurando explicações. Olhei meu caminho da janela; quase a pulei, pois nada faz sentido por aqui.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Eu sou teu anjo.

 Mesmo estando aqui eu te protejo, te dou conselhos. 
Não posso fazer muito, mas o pouco que faço é por amor, é pelo teu coração.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O livro e o bilhete


Jeniffer lia seu livro quando deixou um pequeno papel dobrado cair. Era um bilhete bem escondido que dizia:

“Meu Amor
Apesar de todos os meus defeitos quero que você nunca me esqueça
Pois você é a menina que vai me fazer feliz
EU TE AMO

ESQUECE DISSO NÃO!"

Ela fechou os olhos enquanto um delicado sorriso saía escondido de sua boca; milhares de cena reapareceram em sua frente. - Fechou o livro marcando a última página lida com o bilhete.- Decidiu que não precisava de mais nada para ir dormir e se deitou.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O desejo de Azura


“Sempre quis ter asas e desejei voar, mas, tudo o que me restou foi o desejo de possuir um lindo par de longas e coloridas asas. Sempre quis sair e realmente mostrar-me ao mundo, porém, a cada novo dia, prefiro ser fria comigo e me poupar das palavras incompreensíveis de outras pessoas. - Minhas asas seriam até os pés, cobririam minhas costas, e teriam penas leves. Imagino-me como sou; e não me orgulho tanto como se orgulham de mim; imagino-me de verdade e sinto prazer de ser como sou, por dentro. Apenas lá!”
 Eram três horas da tarde e Azura já estava pensando aquelas mesmas coisas de sempre, no precipício. O mesmo lugar, com barro vermelho, capim escasso, cactos de variados tamanhos, num clima árido. Tudo estava como sempre, exceto pela presença de Semías – Uma sombra preta e alta de um homem de quase dois metros - que conversava com Azura, como se, na verdade, não fosse um desconhecido: - Como um ser tão pequeno pode querer asas tão grandes?  - Perguntou a sombra à estranha criatura, - imaginando que  grandes asas seriam, de alguma forma, pesadas demais para aquele pequeno ser.
Azura, uma fêmea pequena e de aparência frágil; nascida de um amor de fada do campo e borboleta do deserto. Seu cabelo era da cor do barro, e seus olhos, da cor dos cactos do deserto.
Tais grandes asas não seriam tão grandes e, nem mesmo tão pesadas, se comparadas ao fardo que carrego.” – Respondeu Azura à sombra, parecendo ler seus pensamentos.
 Aos poucos, Semias foi tomando forma na mente de Azura, - “Preciso de um par de asas - pensava ela – mas como isso será possível? Então, Semías, a sombra, sugere simplesmente e aparentemente desinteressado: “Por que você não faz asas para si. Como Icaro”?  “Icaro?”  - pergunta Azura: “Quem é Icaro?” Responde-lhe Semias, “Icaro era alguém que queria voar até o Sol. Ele fez para si asas de cera com penas, um belo par de grandes asas, e, até conseguiu voar, mas não conquistou o seu sonho; quanto mais se aproximava do Sol, mas a cera das asas ía derretendo; caiu no mar e morreu.”.
O final da história pareceu não encorajar Azura, que, mais uma vez, manteve seus olhos verdes fixados no precipício como se procurasse resposta.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sereia com medo do escuro


Uma sereia que não sabe cantar
Penteia os cabelos medianos ondulados e cheios de encanto
Nem sequer sabe nadar
Tem medo do mar
Tem medo do escuro
Mas gosta da lua

Mexe no cabelo enquanto vê a onda bater
Se alguém tenta alcançá-la ela some
E vai para cada vez mais longe

Está sempre distante
Não vá pela aparência
Sua boca pequena
Guarda grandes segredos das águas vividas

domingo, 29 de janeiro de 2012

Peter Pan - A sombra e a fulga


[...] _ Wendy, qualquer menina vale mais do que vinte meninos.
  Ela se sentiu inteiramente outra, espichando um pouco a cabecinha para fora.
_ Você acha isso verdade, Peter?
_ Acho isso verdade!
_ É muita bondade sua. Vou me levantar outra vez.
  Wendy sentou-se ao lado dele e chegou a dizer que daria um beijo nele, isto é, se ele quisesse.
   Peter Pan não sabia o que era beijo... e estendeu a mão, como quem espera um presente.
_ Acho que você não sabe o que é um beijo, sabe? – ela perguntou desapontada.
_ Só vou saber depois que você me der um. – respondeu ele prontamente.
 Para que ele não ficasse também desapontado, Wendy deu-lhe um dedal.
_ Bem – disse ele – e agora eu lhe dou também um beijo?
_ À vontade – respondeu Wendy, inclinado o rosto para ele.
Peter Pan fez apenas isso: colocou um botão na mão dela.
_ Vou usar o seu beijo no meu colar – disse Wendy, mostrando delicadeza de sentimentos. [...]

Livro: Peter Pan – James Barrie

sábado, 28 de janeiro de 2012

Cezar Dias

Alguns paradoxos
 Assim como encontramos em cada mentira um pouco de verdade e em cada pecado um resquício de pureza, não é raro encontrarmos na feiura algo que nos pareça belo. [...]

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Cezar Dias


Gestos   

 O menor dos gestos que fazemos pode influenciar no andamento do universo. E não falo somente de gesto humanitários, como dar carinho a uma criança, comida a um faminto ou teto a um desabrigado. Falo de qualquer gesto, o mais banal. Quem afasta, por exemplo, uma mecha de cabelos caída sobre os olhos pode arrebatar um coração, deixar quem está indo a rumo certo sem norte e sem sul. [...]

Livro: Tubarão com a faca nas costas - crônicas

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

laço folgado

 Hoje é meu dia de folga
De folgar o laço da calça 

faltar à realidade
fugir pro meu mundo folgado
E por lá me perder
Mas
Só por hoje

domingo, 15 de janeiro de 2012

Miau

Dessa vez farei diferente. Não falarei nada, nem uma emoção sequer.
Ficarei a espreita, fazendo tudo por debaixo dos cachos e de rabo em pé.
Miau...não adianta dizer, parece que isso atrasa mais os acontecimentos. Atrasa e as vezes impede-o de acontecer.