sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Nós dois




Quase pude ver seus pensamentos e tudo o que você pretendia fazer comigo.
Uma de suas mãos desceu de meus cabelos parando em meu pescoço; a outra, da minha barriga, foi escorregando até meu quadril. 
Você fechou os olhos, abriu-os e sorriu.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Ser misterioso

 É engraçada a maneira como você acha me decifrar. Seus olhos parecem obcervadores e sua boca até pensardizer a mais absoluta verdade sobre mim.
Então, eu me transformo na engraçada, na menina fechada, num ser misterioso que não diz o que quer;


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Cézar Dias


Quando o gosto pela leitura


 " Abriu-o e leu algo assim: "pensa que eu gosto de você?/ Pensa que você me faz falta?/ Oh, meu Deus!/ Ela pensa direitinho". "


                                                                            Livro: Tubarão com a faca nas costas - Crônicas



domingo, 12 de fevereiro de 2012

Índigo


Deslocamento de alma

Uma das melhores coisas que aprendi com Mickey Mouse é que posso ser uma alma dentro de um corpo. Meu primeiro emprego foi como Mickey, quando trabalhei num circo. Vestia o cabeção, a roupa de pelúcia e ia ao encontro das crianças. Elas me amavam. Apontavam e gritavam:
“É o Mickey!”
E puxavam meu rabo.
Mas tinha dias em que eu não era o Mickey. Era apenas eu mesma, lá dentro. Nesses dias eu não incorporava. Felizmente. Ninguém notava. Só fazia diferença para mim. Para eles, continuava sendo o Mickey. Eles apontavam e gritavam:
“É o Mickey!”
E puxavam o rabo da minha fantasia.
Aprendi o truque. Agora, tem dias em que saio na rua com minha alma dentro de meu corpo. As pessoas falam comigo e nem percebem. Consigo fazer tudo que tenho que fazer com meu corpo.  Ando passo no caixa eletrônico, compro verduras. O corpo faz essas coisas sozinho e a alma segue voando um pouquinho acima da cabeça.

                                                                                              Livro: Cobras em compotas - contos

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Vou assumir nossa relação

Não consigo mais deixar todo o caso oculto, chega!
Ponha sua melhor roupa. Passarei depois do trabalho em sua casa;
Baterei em teu portão levando um buquê enfeitado uma caixa de bombom e um sorriso;
Chegarei à tua mãe e pedir-lhe-ei tua mão... E a outra, os pés, a boca e todo o resto.
Embora sejam todos meus, e vice versa.
Falarei de nosso amor para ela e também da nossa necessidade de pertencer ao outro. Espero que ela não se zangue ou me olhe torto quando eu chamá-la de "tia";


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

São coisas que andei pensando

Não sei, só sei que amei. Muito tempo se passou e ainda me faltam palavras para dar senso a tal acontecimento. 
Se deveria explicar-lhe algo, não fui comunicada. Perdão. 


Deve ser coisa do tal do destino; ele gosta de se fazer de torto, se fazer de bobo, se fazer de cínico e de se fazer de certo. Parece mesmo coisa dele. Mas não posso acusá-lo sem certeza de minhas ofensas. 

Também tem a parte dos olhos, da boca e das palavras; é que, sem perceber, eles se misturam. Tem mais coisa, eu não me lembro bem agora;

Não tem muito o que explicar você o vê e acontece. Não há certo, errado, impróprio ou proibido já que são seus os olhos admirados.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Janela iluminada

Passei a ver tudo diferente procurando luz, procurando explicações. Olhei meu caminho da janela; quase a pulei, pois nada faz sentido por aqui.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Eu sou teu anjo.

 Mesmo estando aqui eu te protejo, te dou conselhos. 
Não posso fazer muito, mas o pouco que faço é por amor, é pelo teu coração.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O livro e o bilhete


Jeniffer lia seu livro quando deixou um pequeno papel dobrado cair. Era um bilhete bem escondido que dizia:

“Meu Amor
Apesar de todos os meus defeitos quero que você nunca me esqueça
Pois você é a menina que vai me fazer feliz
EU TE AMO

ESQUECE DISSO NÃO!"

Ela fechou os olhos enquanto um delicado sorriso saía escondido de sua boca; milhares de cena reapareceram em sua frente. - Fechou o livro marcando a última página lida com o bilhete.- Decidiu que não precisava de mais nada para ir dormir e se deitou.